terça-feira, 2 de junho de 2009

Vento...

Já era tarde quando se decidiu, mais de 23h, ficava difícil sair da região. Haviam poucas linhas de ônibus, duas, para ser mais exato. Só após 1h30' conseguiu embarcar. De capuz, sentado no fundo, ficou observando a rua. E como bom metropolitano, Urbano olhou o movimento instantaneamente como se aquilo lhe parecesse comum. As pessoas sempre circulando, de um lado, para o outro. Algumas Urbano só cruzou uma única vez na vida, a cidade é muito grande! Nessa imensidão Urbano desembarcou e saiu como o vento, que assopra sem ser percebido, circulando entre todos, observando, a espera do momento propício.

É Urbano...

Ao chegar, se depara com uma estranha sensação, sozinho ali naquele momento, sem ninguém que recordasse ter visto em toda a vida. Respira a libertação e segue a passos firmes, entra e como um furacão, engolindo a duros custos seu blended predileto, um bom 12 anos. Lá pelas tantas, ao som dos frenéticos anos 80, começa a praticar seu esporte favorito, e ao sacolejar dos joelhos, se mistura.

É Urbano...

Ao final da noite, já bêbado saudavelmente pela combinação (joelhos + whiskey), sussurra como uma brisa nos jardim de margarida, aterrissando na pista já meio vazia, pela hora já passada das 4h.

É Urbano...

Como já era de manhã conseguiu economizar alguns trocados com o taxi e resolveu voltar de ônibus, voltou ainda cheirando a álcool e embrigado pelo sacode que a ventania havia causado, pensava como pode o inesperado ser assim. De repente, ali, em algumas horas viveu o anonimato e como o vento...

2 comentários:

Anônimo disse...

A lógica me agrada!

Mas é ilário Urbano bebado de um bom whiskey, lá pelas tantas sussurrando no jardim de margarida. Deveria estar babando, chiando feito uma mosca menos sussurrando.

Unknown disse...

me senti bebendo a rua e dançando com o vento